Cristã, 21 anos, mineira, conterrânea de Drummond, capixaba por destino, mas vivendo em BH, estudante de medicina, apaixonada pela vida, família, cachorros, pela fé, pelos livros, pela psique humana. Gosto de aprender sobre política, religiões, economia, gosto de prosa boa, aqui você vai encontrar um pouquinho de cada assunto, de pouquinho em pouquinho, a gente pode ensinar e aprender muito. Gosto de gente simples que vive girizada com as mazelas sociais...
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Por Gabriele Morais
Autodeterminação do século XXI
Viver entre uma multidão de valores, de normas e de estilos de vida em competição, sem uma garantia firme e confiável de estar certo é, como afirma o sociólogo polonês Baumam, perigoso e cobra um alto preço psicológico. Basta um olhar na realidade para perceber que a relação ética e ciência é um dos debates equacionados do século XXI. Nessa perspectiva ao se descurtir sobre a ideia existencialista, do homem ser um ser capaz de autodeterminação, ou seja, ser sujeito do conhecimento e da ação, percebe-se que é necessário existir uma nova postura diante da própria ciência e dos valores da sociedade.
Em todo esse processo, ocorreu uma falha ao não se atentar para o fato de que, para falarmos da relação entre ciência e ética é preciso a princípio buscar uma definição para ética, aliás, compreender como esta vem a se contrapor a ciência. Mas é imprudente encarar esse assunto como se não existisse uma ciência autônoma, acrílica ou descompromissada. Logo, deve-se reconstruir essa ideia a partir do argumento de que o conhecimento tecnológico quando aplicado deverá estar subordinado aos limites do estágio civilizatório de cada homem.
Não é exagero afirmar nesse caso que há fortes indícios de que cada um desses passos, a partir. Do segundo, envolve decisões de pessoas e grupos de pessoas que repercutem sobre outros seres, e que portando são objetos de avaliação moral. Cabe no entanto uma análise mais dura sobre essa questão. Ou seja, aquilo que descobrimos sobre o mundo pode modificar, por vezes de maneira drástica, como nas discussões do conhecimento de física nuclear, clonagem humana e de animais, entre outros conceitos da biotecnologia atual. O mais curioso nesse fenômeno, é que os rumos das pesquisas científicas não são dotadas pelo próprio saber científico, e sim por pessoas com interesses diversos, e, frequentemente conflitantes.
O posicionamento assumido nessa discussão demanda duas ações pontuais. A princípio, deve-se estabelecer como meta de que a produção científica precisa ser discutida amplamente entre os cientistas e a população, com a intenção de participarem das avaliações e de tomadas de decisões relevantes, visto que todos são concernidos. A outra ação precisa ser fomentada pela iniciativa do estado, no sentido de tonar o conhecimento disponível a todos, a fim de que exista um progresso dentro de um determinado contexto social e político na ciência. Resta saber se, de fato haverá vontade, não só política, mas também participação social para que se possa discernir com sabedoria ética o melhor para o ser humano.
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